Quase como um “spin-off” da já existente #LeiturasObrigatórias, a ideia da #FilmesObrigatórios é falar sobre outra paixão minha: os filmes!
A cada texto vou escrever sobre os filmes que mais amo e que tem a ver com o maravilhoso universo fashion, trazendo informações sobre os figurinos icônicos das personagens mais incríveis de todos os tempos e também algumas curiosidades!
A escolha para o primeiro filme da coluna ficou por conta de um dos filmes do mundo da moda mais conhecidos! “O Diabo Veste Prada” (2006) é sem dúvidas aquele filme que sempre que está passando na TV, eu paro para assistir. Ele exemplifica perfeitamente a ideia de que a moda é uma das ferramentas mais diretas para expressarmos quem somos e como nos sentimos. E de uma forma simples, o figurino das personagens consegue fazer com que quem esteja assistindo entenda o que cada uma delas está passando e como, conjuntamente à suas personalidades, o estilo se modifica e se constrói.
O filme é uma adaptação do bestseller literário de 2003 de Lauren Weisberger. Dirigido por David Frankel, ele conta a história de Andy (Anne Hathaway), uma moça recém-formada que vai trabalhar na conceituada revista de moda Runway. Sua função é ser assistente de Miranda Priestly (Meryl Streep), a poderosa editora-chefe da revista. Apesar do “dream job” disputado por muitos, Andrea logo percebe que trabalhar com Miranda não é tão simples assim, e passa a penar ao ter que lidar com os jeitos e trejeitos nada fáceis da chefe. Inclusive, há rumores de que Miranda foi inspirada pela Anna Wintour, editora-chefe da Vogue Magazine, e com quem Lauren trabalhou por anos. Mas a autora nunca os confirmou.
Já a responsável pelo figurino é Patricia Field, que também foi figurinista da série de TV “Sex and the City”. Patricia recebeu um orçamento de US$ 100 mil para o filme, mas conseguiu que muitas grifes cedessem peças para as filmagens. O valor real dos figurinos usados no filme, ultrapassa US$ 1 milhão.
A marca dominante no figurino de Miranda foi claro, a Prada. Dentre 10 sapatos da personagem, 4 eram da grife! Já Andy, vestiu marcas como Dolce & Gabbana, Calvin Klein e Chanel. Essa última, foi protagonista em metade do guarda-roupa dela. A figurinista Patricia, ainda contou que a Chanel pediu para vestir Andrea e disse que daria todas as peças que ela quisesse para a personagem!
Como disse no começo, a moda que usamos é reflexo de quem somos. É muito legal ver a construção do estilo de Andrea com o passar das fases do filme, e também a de outras personagens como Miranda e Emily (assistente de Miranda). Andrea não sabia quem era, e por isso seu estilo parecia não ser o “apropriado” e “ideal” para ela. Ela inclusive recusava a moda, não entendendo seu papel na construção da identidade. No final do filme, ela entende quem ela é e o que ela quer, e é por isso que o estilo funciona tão bem!
E a título de curiosidade, uma continuação do livro já está disponível! Lauren lançou em junho deste ano o livro ‘When Life Gives You Lululemons’ (Quando a vida te dá Lululemons, em português). Nessa continuação a história é focada em outra personagem, a não tão aprofundada no primeiro livro, mas não menos importante: a outra assistente de Miranda Priestly, Emily Charlton, (interpretada por Emily Blunt no filme). O livro narra as aventuras de Emily trabalhando como consultora de estilo de celebridades, após sua saída da revista Runway! Vamos torcer para que ele vire logo filme.