Os desfiles da Semana de Moda de Nova York, que se encerram dia 17 de setembro, mostraram no último domingo (13) uma moda de inclusão dentro das apresentações do evento FTL Moda, que traz novos talentos nas áreas de moda e modelagem. Pelo menos três grifes levaram à passarela modelos com deficiência física (sem mão e parte do braço), como Shaholly Ayers e Rebekah Marine, além de uma garota com síndrome de Down, a australiana Madeline Stuart, de 18 anos.
Entre as marcas participantes do FTL, a Anna´s Loud desfilou com a modelo Rebekah Marine, que tem braço biônico há quatro anos. “Ser uma modelo com deficiência tem sido extremamente difícil ao longo dos últimos anos. As agências muitas vezes sequer olham meu portfólio. Mas percebi que é tudo sobre encontrar o seu nicho. Aceito que a maioria dos clientes pode não querer trabalhar comigo com base na minha ‘deficiência’”, disse recentemente em entrevista ao site Mashable.Rebekah fez duas entradas, com looks em tons de cru, como o maxicolete com pontas triangulares laterais e o vestido de um ombro só.
A modelo amputada Shaholly Ayers também participou do evento, desfilando para duas marcas, a Alexandra Frida, com um saia evasê e um top cropped. Ela fez duas entradas, uma com a prótese e outra sem o aparelho. Também entrou na passarela para a marca sul-africana Hendrick Vermeulen, com vestido longo, com transparências sensuais e região dos olhos pintada de azul, como um máscara.
A grife da África do Sul também levou para a passarela a modelo australiana Madeline Stuart, que tem síndrome de Down e fez sua estreia nas passarelas. A garota entrou com um vestido longo, com corset, armação nos quadris e saia feita a partir de pedaços de tecido costurados um ao outro. Na segunda entrada, shorts e camiseta com estampa de peixe, ao lado de dois modelos pintados de azul, com inspiração no filme Avatar.
Quando resolveu ser modelo, Madeline começou a treinar natação e fazer dieta específica, chegando a perder 20 kg. Após sua primeira sessão de fotos, sua mãe Rosanne postou as imagens nas redes sociais, que se tornaram virais. A partir daí, faz campanhas de moda e também de conscientização sobre deficientes. Recentemente, sua mãe disse ao Daily Mail : “Ela trabalhou duro para isso. As pessoas com síndrome de Down podem fazer qualquer coisa.”