Hoje, a atriz revela seu lado empoderado (e empoderador), deixa claro que sua evolução íntima e na carreira estão apenas começando, e garante estar atenta a esse desejo interno de ser melhor a cada dia. “Acho que o empoderamento feminino é algo que começa nas pequenas atitudes diárias. Você não deveria falar sobre algo para um grande número de pessoas, se não coloca em prática o que diz”, dispara no papo, que é reto e dispensa falsos moralismos: “não precisamos criar a ilusão de que devemos gostar e dar a mão à todas as mulheres porque somos feministas, mas não preciso diminuir, ser injusta ou julgar ela, seja pelo tipo de roupa ou pela forma como se comporta, apenas por não me identificar”.
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Mais nova embaixadora da PUMA no Brasil, Bruna estreia ao longo desta página, em primeira mão, a parte 1 de uma série de campanhas focadas principalmente no universo digital (inclusive global) que vai estrelar para a marca ao longo dos próximos meses. O shooting completo, que foi dividido em moods com os próximos lançamentos da etiqueta esportiva, nós acompanhamos com exclusividade e mostramos em making of neste link. Confira a entrevista na íntegra:
Bruna Marquezine para Puma (Fotos: Renato Galvão (Obvious Agency) / direção criativa: Marcela Ceribelli (Obvious Agency) / styling: Rita Lazzarotti / beleza: Henrique Martins)
Lá fora, a Puma se uniu a mulheres como Rihanna, Selena Gomez, Kylie Jenner e Cara Delevigne. Você se sente, de alguma forma, representada por esses nomes tão poderosos?
Sim. Claro que sim. Muito mais do que poderosas, elas são mulheres muito autênticas, com muita força e vigor, donas dos seus caminhos e escolhas. São mulheres que admiro muito. Sempre tive Rihanna como uma referência, não só de moda, mas, principalmente, por sua postura tão verdadeira com o próximo. Selena também tem muito isso de se abrir e falar dos seus sentimentos, acho isso tão bacana. Vivemos em um momento muito doido, onde ao mesmo tempo em que a gente divide e divulga a nossa vida com outras pessoas por 24 horas, tenho a impressão que dividimos uma falsa realidade, mas permanecemos dividindo isso, como se fosse o nosso dia a dia. Então acho muito legal ver mulheres como elas, que falam para um grande público, falando abertamente e de forma tão madura sobre questões que são importantes, como seus sentimentos e vida pessoal.
Qual considera a mensagem mais relevante de ser transparente e real nestes tempos?
Acabamos contribuindo mais quando damos exemplos verdadeiros. Não existe perfeição, mas sinto que as pessoas hoje em dia têm uma necessidade de tentar ser perfeitos o tempo todo e vender esse exemplo de perfeição. Acredito que temos muito mais a oferecer quando mostramos a realidade. Vejo muito isso nessas mulheres, que admiro como pessoas e como celebridades, cada uma em sua área. Sempre admirei muito a autenticidade de todas elas e acho que tem muito disso na Puma.
No Brasil, você foi um dos nomes escolhidos para se embaixadora da marca. Qual a sensação de ser equiparada a essas mulheres que falamos acima?
É uma honra e grande alegria, pincipalmente porque existe uma identificação real da minha parte sobre todos os produtos. É muito legal e gratificante trabalhar com uma marca que te dá liberdade para ser autêntica, para ser quem você é. Em momento algum eu tive que me adaptar a marca, muito pelo contrário, fiquei muito livre e sei que isso passa para o meu público também.
Bruna Marquezine para Puma (Fotos: Renato Galvão (Obvious Agency) / direção criativa: Marcela Ceribelli (Obvious Agency) / styling: Rita Lazzarotti / beleza: Henrique Martins)
A Campanha Do You fala muito sobre o poder feminino. Como pretende usar a sua voz para levantar essa bandeira do empoderamento?
Normalmente pensamos muito em “usar a voz”, mas acho que o empoderamento feminino é algo que começa muito no dia a dia, nas pequenas atitudes. Esses dias li uma frase que dizia: “seja a mulher que você dá conta de ser, um dia de cada vez”. Isso é o empoderamento feminino de fato, procurar evoluir diariamente. Olhar para a mulher ao lado e criar o hábito de achar alguma coisa que você admira e falar isso para ela. Se policiar. Você não deveria falar sobre algo para um grande número de pessoas, se não coloca em prática o que diz.
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Você se considera feminista?
Não vim de lá feminista, não tive criação feminista, muito pelo contrário. Fui entender o que era e começar a me preocupar com isso alguns anos atrás. Sempre que me perguntam se sou feminista, respondo que sou cada dia mais. Venho cuidando de mim e de quem está ao meu redor.
Em tempos de sororidade, quais atitudes considera importante ter no dia a dia?
Tento me policiar no dia a dia para não criticar uma mulher com quem não me identifico ou, por algum motivo, não gosto, porque acontece. Não precisamos criar a ilusão de que devemos gostar e dar a mão à todas as mulheres porque somos feministas, mas não preciso diminuir, ser injusta ou julgar ela, seja pelo tipo de roupa ou pela forma como se comporta, apenas por não me identificar. Pelo contrário, venho tentando, mesmo em casos como este, achar alguma coisa que eu admire, porque sempre tem. Não fomos condicionadas a isso, fomos condicionadas a fazer uma descrição do que vemos, a se separar e a competir diariamente. Tento ir contra essas coisas e a qualquer tipo de competição, principalmente no meu meio de trabalho, que envolve muito ego.
Em relação a isso, o que mais te incomoda?
A comparação é algo que me incomoda muito. Tento não permitir que me comparem e não me comparar. Acho que esse é um posicionamento que faz com que as pessoas que me admiram por alguma razão parem de se comparar também. É necessário entender que é possível admirar sem ter que necessariamente se comparar fisicamente com aquela pessoa. É uma luta e um exercício diário. Muitas vezes tenho alguma atitude e depois penso, putz, isso não foi legal. Mas fico feliz em perceber. Acredito que já é um avanço, muito maior do que apenas chegar e falar para um monte de meninas se amarem, principalmente se não é o que eu acordo todo dia fazendo, sabe? Tem dias que me pego me criticando, olhando para o meu corpo pensando que algo poderia estar melhor, mas aí vem aquela vozinha, que está crescendo cada dia mais, e fala: mas por que que poderia estar melhor? por que não é o suficiente e não está bom? Vamos entendendo isso aos poucos. As mudanças são pequenas, mas têm um efeito muito grande.
Bruna Marquezine para Puma (Fotos: Renato Galvão (Obvious Agency) / direção criativa: Marcela Ceribelli (Obvious Agency) / styling: Rita Lazzarotti / beleza: Henrique Martins)
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“Bruna tem um perfil que bate muito com as nossas prioridades no mercado brasileiro e mundial. É uma mulher que transita perfeitamente entre os universos de performance, athleisure e fashion. Ela treina de verdade, tem um dia a dia mais corrido, onde precisa estar mais confortável, e tem as situações onde busca vestir algo com mais informação de moda”, conta Fabio Kadow, diretor de marketing da PUMA, sobre a escolha da atriz para representar a marca.
“Ela tem uma consciência muito forte dentro do âmbito do empoderamento feminino, tem uma fortaleza e consegue mostrar essa força como só ela, até mesmo dentro de ambientes completamente masculinos. Isso representa bastante a mensagem que a campanha Do You quer passar”, conclui, celebrando a parceria.
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