Influenciadores podem trazer maior alcance, repercussão e autoridade para o seu negócio. É importante saber qual o tipo de influenciador que mais combina com a sua estratégia.
As personalidades digitais têm mudado a forma como as empresas se comunicam com o seu público.
Contudo, antes de negociar com influenciadores digitais e testar essa estratégia, é importante conhecer os tipos de influenciadores e como que cada um pode auxiliar a sua empresa a ganhar autoridade e aumentar as suas vendas
Não basta ter afinidade com o influenciador e saber quantos seguidores ele possui.
Você precisa entender e definir quais são os objetivos da marca para então procurar influenciadores com o tipo de perfil que te ajudará a obter os resultados desejados.
O que é um influenciador digital?
Antes de falarmos dos tipos, você sabe o que é um influenciador digital?
Os influenciadores digitais são pessoas ou grupos de pessoas que produzem conteúdo (texto, vídeo, imagem) em diferentes tipos de canais e que conseguem alcançar, encantar e influenciar o comportamento de um determinado segmento da população.
Os tipos de influenciadores
A empresa Comunique-se lançou no início do ano um infográfico mostrando 5 perfis de influenciadores. Mas, recentemente, a co-fundadora da youPIX, Bia Granja, mergulhou um pouco mais neste assunto e categorizou os influenciadores em 7 tipos.
Ambas as pesquisas levam em consideração 3 fatores para fazer essa distinção:
- Alcance: Tamanho da audiência
- Ressonância: Repercussão e capacidade de engajamento junto a audiência
- Relevância: Fit com o assunto ou valores da marca
Abaixo seguem os 7 tipos de influenciadores digitais, exemplos e como cada um pode ajudar a sua empresa:
1. Top Celebridade
Os “Top Celebridades” possuem um poder de alcance e ressonância enorme, mas a relevância é baixa.
Esse tipo de influenciador costuma falar sobre diversos assuntos de uma forma mais genérica e consegue agradar pessoas com gostos muito distintos.
Um bom exemplo de influenciador com este perfil é o Whindersson Nunes. Com mais de 20 milhões de seguidores no seu canal do YouTube, esse garoto irreverente e alegre ajuda as empresas a falar com um grande número de pessoas ao mesmo tempo.
Para você ter ideia, ele já foi contrato pelo Bob’s, pela Oi, e agora vai ser a nova “cara” da Tele Sena.
Por isso, se o seu objetivo é tornar a sua marca conhecida, este é o tipo de influenciador que você deve procurar.
Mas lembre-se:esse influenciador não tem relevância direta com o assunto do seu produto ou serviço e, por isso, não é o mais adequado para gerar vendas.
2. Fit Celebridade
Esse tipo de influenciador tem alcance, ressonância e relevância muito alto!
Ou seja, é o sonho de toda empresa: conversar com uma grande audiência, gerar engajamento, leads e vendas.
A Thássia Naves possui um grande número de seguidores em seu blog e mídias sociais e já participou de alguns programas de TV.
Ela é focada no segmento de moda e, por isso, as empresas desse nicho que fecham parceria com essa blogueira conseguem falar e engajar diversas pessoas e ainda ter uma resposta rápida e direta em conversão.
O maior problema é que, devido ao seu tamanho, os influenciadores desse tipo cobram um valor alto na negociação com as marcas.
3. Autoridade
Se o seu objetivo é percepção sobre a marca e também conversão em uma escala menor, mas muito qualificada para o seu produto ou serviço, invista no perfil “Autoridade”.
Esse tipo tem uma audiência baixa, mas gera muito engajamento e possui alta relevância.
O influenciador com essas características domina um determinado assunto e, por isso, é bastante respeitado dentro de um segmento, comunidade e até região.
Um exemplo dentro do segmento de Marketing de Conteúdo é o Vitor Peçanha. Ele é um dos fundadores da maior empresa de marketing de conteúdo do Brasil, a Rock Content, e ainda escreve, dá palestras e conversa com pessoas interessadas nesse assunto.
Mas se você não trabalha ou não tem interesse em Marketing de Conteúdo, provavelmente nunca ouviu falar dele, não é mesmo?
4. Ecossistema
Nesse caso, não se trata de apenas um influenciador, mas de um conjunto de influenciadoresdentro de um nicho que podem promover uma mesma marca, reafirmando-a como soberana dentro deste segmento.
Este tipo de influenciador possui baixíssimo alcance e ressonância média, mas relevância alta. Trata-se de pequenos influenciadores que fazem conteúdo segmentado e que tem bastante fit com empresas do mesmo nicho.
Hoje existem diversos influenciadores que falam sobre os mesmos assuntos, como decoração, empreendedorismo, esporte, games etc.
Os blogs Casinha Arrumada, Limão na Água, Homens da Casa e Organize sem Frescuras são alguns exemplos que tratam sobre decoração, design e organização de casas. Eles podem fazer parceria com uma mesma marca que oferece produtos ou serviços para esse nicho.
Assim, essa empresa pode trabalhar o seu posicionamento e se apresentar como onipresente nesse segmento, uma vez que diversos produtores de conteúdo estarão falando dela, atingindo um público engajado e extremamente qualificado para conversão.
5. TrendSetter
Este tipo de influenciador é conhecido por ser líder de causas e discussões.
Ou seja, ele é autoridade em um determinado assunto. Por isso, costuma ser o primeiro a defender algum ponto de vista e propor uma atitude.
As marcas que planejam trabalhar seu posicionamento, podem fazer parceria com este tipo de influenciador para reafirmar valores.
Contudo, os “TrendSetter” dificilmente irão se vincular com empresas que não demonstrem ter de fato princípios iguais aos seus.
A Youtuber Jout Jout ficou conhecida por ser a primeira a falar abertamente sobre relacionamento abusivo. Hoje diversas empresas querem ter ela como embaixadora de suas marcas devido ao seu alto poder de engajamento.
6. Jornalista
O jornalista tem um alto alcance, pois pode cobrir uma gama variada de pautas e trabalhar para grandes meios de comunicação, mas a ressonância e a relevância dependem do quão engajado ele está com um determinado tema.
Em 2015, o jornalista econômico Ricardo Amorim foi eleito pela Revista Forbes como uma das 100 pessoas mais influentes do Brasil e escolhido pelo LinkedIn como o maior influenciador do Brasil.
Este tipo de influenciador costuma ser mais analítico sobre os assuntos que aborda e pode ajudar a empresa a trabalhar ações de awareness, com informações inéditas do seu mercado.
O problema é que nem todos os jornalistas gostam de arriscar o seu status de imparcial. Dessa forma, a empresa deve se posicionar de forma amigável diante do Jornalista e demonstrar para ele que a marca é autoridade em determinado segmento, podendo ser fonte para alguns assuntos quando eles surgirem na pauta.
7. Público interno
O Público Interno nada mais é do que os próprios funcionários da empresa. Eles ajudam a humanizar e divulgar a cultura e valores da marca.
Sem dúvida alguma, esses são os primeiros influenciadores a serem trabalhados em qualquer empresa.
Se uma empresa não possui colaboradores que acreditam, confiam e divulgam a própria empresa, algo está muito errado.
O alcance e ressonância desse tipo de influenciador é baixíssimo, mas ele possui alta relevância. Não há outro influenciador no mundo que conheça tão bem a sua marca e possui tanta autoridade para falar dela.
Neste caso, uma comunicação interna eficaz, políticas claras e planos de carreira e acompanhamento são fundamentais para que o seu funcionário vista a camisa e influencie outros talentos a quererem trabalhar na sua empresa e outras pessoas a consumirem seu produto ou serviço.
Outros tipos de influenciadores
Hoje existem mais de 60 mil influenciadores digitais espalhados pelo mundo.
Para se destacar entre tantos e fidelizar um determinado público é preciso ser criativo, sincero, coerente e frequente com o conteúdo que se propõe fazer.
Por outro lado, há um tipo de influenciador que ganha fama e público cativo por mera obra do destino: os memes.
Isso mesmo! Pessoas que por alguma única situação compartilhada em foto ou vídeo, normalmente cômica, recebe uma enxurrada de seguidores quase que instantaneamente.
Essas pessoas, em sua grande maioria, não criaram este tipo de conteúdo com um propósito claro. Apenas compartilharam uma situação comum do seu dia a dia e que foi massivamente reconhecida por outras pessoas que se apropriaram do tema, tornando-o viral.
As marcas já estão reconhecendo esses famosos instantâneos e aproveitando o frisson do momento para interagir e conversar com uma grande audiência engajada.
Quem não se lembra da Candace Payne chorando de rir ao usar uma máscara de Chewbacca.
O Facebook aproveitou o momento e convidou a jovem mãe para dar um passeio pela empresa e promover ainda mais a modalidade de transmissão de conteúdo ao vivo por essa mídia.
No Brasil temos o caso dos primos “taca-le pau“. Com um vídeo caseiro e uma narrativa espontânea da descida do primo Marcos em um carrinho de rolimã, eles ganharam os olhares da Fórmula 1.
Mais que imediatamente, os garotos foram contratados para gravar o comercial da temporada GP Petrobras do Brasil de F1 2014.
Por isso, não se preocupe se aquele influenciador por qual você mais simpatizou não se encaixe nesses perfis acima citados.
Entenda apenas se aquela pessoa — ou grupo — tem potencial para ajudar a alcançar os objetivos da sua empresa.
No fim das contas este tipo de parceria tem como intuito conversar com um público através de pessoas e conteúdos que se aproximam da sua realidade, para então gerar autoridade, engajamento e vendas para a marca.