Com o aumento de perfis falsos e bot nas redes sociais, as marcas e anunciantes estão cada vez mais apostando em microinfluenciadores. Podemos dizer que essa mudança de hábito se deve porque as marcas passaram a analisar com mais profundidade diversas métricas e em uma delas notaram que quanto maior o número de seguidores um influencer possui, maiores são as chances de terem perfis falsos infiltrados.
Como é esperado que aconteça, com os surgimentos de problemas é comum que pouco tempo depois comece a aparecer soluções para tentar resolvê-los. Nesse caso, o problema é aparente, as marcas podem estar investindo em campanhas com com influenciadores fakes, ou que não possuam uma real influência sob seu público.
Por conta disso, surgiram empresas como a Dovetale, uma empresa de software fundada em 2016. Seus sócios desenvolveram várias táticas para identificar contas falsas que seguem personalidades populares no Instagram. No final, o resultado é um relatório com informações valiosas sobre o perfil de cada influenciador.
Uma dessas táticas usadas pela Dovatale, é encontrar padrões entre os perfis dos seguidores, por exemplo: Um influenciador com um elevado número de seguidores da Turquia, do Brasil e da China, pode ser um sinal de alerta, já que a empresa frequentemente vê falsos seguidores provenientes desses países.
Atualmente, a empresa usa mais de 50 métricas para analisar os seguidores de contas populares do Instagram, incluindo o idioma da biografia, a quantidade de “curtidas” e de pessoas seguidas, além do país de origem.
Esse tipo de análise é necessária para as marcas que buscam resultados reais através de estrelas da internet, e também para profissionais de marketing que estão cada vez mais céticos em relação aos números da audiência.
Para se ter ideia, segundo a Dovatale, cerca de 16,4% dos seguidores das 20 maiores contas do Instagram são perfis falsos. Números como estes, fazem com que as marcas e anunciantes tomem mais cuidado no momento de contratar um influenciador. Foi o que aconteceu com a agência 360i, que informou que não iria mais contratar influenciadores para suas campanhas se no relatório da empresa dissesse que mais de 2 ou 3 por cento de seus seguidores fossem robôs.
E não é só isso, além das questões de perfis falsos, existem outros fatores determinantes no momento de escolha entre um influenciador e um microinfluenciador, que podem ser:
Engajamento: Alguns estudos já provaram que que quanto menor o número de seguidores, maior o percentual de likes e comentários. Sabendo disso, você consegue analisar se é melhor contratar um único influenciador com 1 milhão de curtidas, ou 10 de 100 mil por um custo inferior e conseguir um resultado maior.
Custo: O custo na contratação de um microinfluenciadores é muito inferior ao de um grande youtuber. Enquanto uma estrela do YouTube cobra US$ 187.500 por um vídeo, o microinfluenciador custa US$ 2.500. E aí cabe a análise que citamos no tópico anterior.
Relacionamento: A relação dos microinfluenciadores com o seu público é muito mais próxima e humana do que a de um grande influenciador. Isso se deve justamente pelos números de seguidores serem menores, a atenção é dada de forma igual, sem muita abrangência e conversa segue de igual para igual, o que fortalece o laço.